sexta-feira, 9 de agosto de 2013

QUEM DANÇA É MAIS INTELIGENTE

Quer se tornar mais inteligente? Então, DANCE!


bc_onegin_mara_galeazi_tatiana_reflective_sit_500Sim, é verdade. Quem encarava a dança exclusivamente como uma atividade física, precisa rever os seus conceitos: a dança é um dos meios mais prazerosos de aumentar as suas capacidades cerebrais. Vamos entender o porquê disso?
Primeiramente, quando você dança, o seu cérebro “dança” junto com você! Enquanto ele “dança”, está se mantendo saudável e ativo.  Em uma linguagem mais técnica, a “dança” do cérebro promove um aumento da conectividade e da reestruturação entre as várias regiões do cérebro e  seus neurônios, resultando numa comunicação mais eficaz entre eles e consequentemente em um raciocínio mais rápido.
Observe como funcionam algumas regiões do cérebro de quem dança:
CérebroVÉRMIS ANTERIOR – Esta parte do cerebelo recebe informações da medula espinhal e aparentemente age como se fosse um metrônomo, ajudando a sincronizar os passos de dança à música.
NÚCLEO GENICULADO MEDIAL Uma interrupção ao longo da via auditiva inferior, esta área aparentemente ajuda a configurar o metrônomo do cérebro e é responsável por nossa tendência para tamborilar os dedos inconscientemente ou balançar o corpo ao ritmo de uma música. Reagimos inconscientemente, pois a região está conectada ao cerebelo, comunicando informações sobre o ritmo sem “falar” com as áreas auditivas superiores no córtex.
PRECUNEUS - Por conter um mapa baseado nos estímulos sensoriais do próprio corpo, o precuneus ajuda a identificar o trajeto de um dançarino a partir de uma perspectiva voltada para o  corpo, ou egocêntrica.
Jean Piaget, o grande pensador suíço conhecido por organizar o desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios, declarou que a inteligência é aquilo que usamos quando não sabemos o que fazer. Logo, para ser inteligente é preciso saber tomar decisões rápidas, certo? Imagine então um casal de tango se movimentando em um salão: cada movimento realizado ali exige uma vasta gama de decisões rápidas, tanto para quem conduz quanto para quem é conduzido.  Pense também em um casal de bailarinos clássicos: a bailarina está sob a ponta dos pés, o que implica em uma mudança de eixo constante a cada movimento que ela realiza. O bailarino, cuja função é segurá-la, precisa ser rápido e perspicaz para acompanhar essa mudança de eixo e conseguir tornar o movimento da bailarina ainda mais leve e suave.
Pas de Deux
Pas de Deux
A dança integra várias funções cerebrais ao mesmo tempo.  Ela envolve simultaneamente processos sinestésicos, racionais, musicais e emocionais. Dançar exige um tipo de coordenação interpessoal no espaço e tempo quase inexistente em outros contextos sociais. Durante um espetáculo, uma bailarina movimenta todos os músculos do seu corpo e muitas vezes, em direções opostas e intensidades diferentes. Apesar de o público ter a impressão de que tudo que ela está fazendo é simples e fácil, o seu cérebro está a todo vapor pensando em cada movimento que precisa ser realizado, tentando esquecer as dores das lesões recorrentes dos treinamentos e ainda por cima, preocupado em transmitir  os sentimentos e as emoções da personagem que ela está interpretando.  A vida dos bailarinos não é nada fácil!
Ainda tem mais, todo bailarino é um pouco músico também, pois consegue executar cada movimento simultaneamente a cada nota musical tocada. Seu corpo é o seu instrumento. É preciso muita atenção e muita concentração para essa conexão rítmica acontecer, o que implica que para dançar também é preciso um enorme autocontrole físico e emocional. Não é a toa que na Antiguidade, os gregos  acreditavam que dos melhores bailarinos se faziam os melhores guerreiros.
Além de todos esses benefícios, ainda existe mais um último: dançar estimula a criatividade.  Vale lembrar que estamos em pleno século XXI, onde ser criativo é pré-requisito para se obter sucesso em qualquer carreira.  O filósofo francês Paul Valéry sintetiza isso em uma única frase: “Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular”.
Cérebro formado por bailarinos
Portanto, agora que você já tem conhecimento de tudo que a dança pode trazer de benefícios à sua vida,  largue a preguiça e a inércia e comece a movimentar o seu corpo. Pois além de se tornar uma pessoa mais inteligente, você se tornará uma pessoa mais feliz! Eu garanto!


ESPAÇO DE DANÇA OBRA PRIMARUA DOIS DE JULHO, 244 - IPIRANGA - SÃO PAULO - SPTEL.: 11-2861-9137/99195-9266 (das 14 às 22hs)